vai-se o chão
e os lençois brancos
dos sonhos de amor.
Falta-me sol sorrisos e água clara.
Há que te procurar por todo o lado
encontrar cura para a dor
morfina
dói-me o corpo
doem-me unhas que não são minhas
sangro todas as palavras
que não cheguei a murmurar
dói-me a cabeca infinita
de negro espaço
carcaças de aves a rasgar
gritos cópulas bestiais
dentes armas facas
soluço veludos com suave vagar
conduz-me as noites
cair luz.

Subir aos céus
pelo degrau mais alto da estima
pelo portal mais sagrado da loucura
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